Inicialmente é importante saber o que é um supercondutor. Um supercondutor é um material que não possui resistência a correntes elétricas, sendo assim não gera perca de energia. O problema dos supercondutores é que os materiais atualmente conhecidos só apresentam esta propriedade a temperaturas muito baixas.
Máquina fabricada por Kammergingh-Onnes. Ela tem como função transformar o Hélio em líquido, chegando a temperaturas próximas ao zero absoluto. |
O primeiro experimento que gerou um supercondutor foi feito por Kammergingh-Onnes, que publicou sua descoberta em maio de 1911. O primeiro passo era a escolha de um material, o escolhido foi o mercúrio, devido à facilidade em obter esse elemento puro. Então Onnes passou a resfria-lo, ele achava que a resistência do mercúrio deveria cair gradualmente à medida que a temperatura diminuía, porém não foi isso que ele obteve. Simplesmente quando o mercúrio chegou a uma temperatura de 4,2 K (-269 o C) a resistência do mercúrio desapareceu.
Essa descoberta abriu novas portas, a partir dela os cientistas passaram a procurar materiais que pudessem servir como supercondutores a temperaturas mais elevadas. Então em Janeiro de 1986, Karl Müller e Georg Bednorz mostraram que uma cerâmica de óxido de bário, lantânio e cobre ficava supercondutor a 35 K, mostrando um grande avanço na tecnologia de supercondutores.
Já em 1987, Paul Chu e colaboradores apresentaram um óxido de ítrio, bário e cobre com Tc = 93 K ( 93 K = -180° C). Realmente devem estar pensando, essa é a alta temperatura? Pois bem, realmente 180° C negativos é uma temperatura muito baixa, mas já conseguimos atingir essa temperatura com ajuda do nitrogênio líquido que não possui um custo muito elevado. Os cientistas ainda estão tentando buscar um material que seja supercondutor a temperatura ambiente, embora difícil nada prova que isso seja impossível.
Referências:
Vanderson Cagliari, 07/08/11
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